
Observado sob uma ótica hermética o vampiro é um excelente símbolo para o desejo. O desejo presente em todo o ser humano constitui uma grande força (libido), um grande centro de poder, que dá ao homem segurança e domínio sobre o mundo ao seu redor. Mas, ao mesmo tempo, o desejo constitui a grande armadilha que destitui o homem de seu posto de imperador do mundo material convertendo-o no mais submisso escravo. O desejo esconde, em verdade, o maior poder concedido pelos deuses ao homem: a energia sexual. Esta é a energia por traz do desejo. Esta é a energia por traz da libido. Esta é a energia por traz de toda a sensorialidade, prazer e gozo. O eixo da roda que gira e move o mundo. O ponto central disto que chamamos sexo.
Ser fascinado pelo vampiro é deixar que este se alimente de nossa própria energia vital. É ser hipnotizado pelo nosso próprio desejo, tornando-se escravo dele, e deixando que nossa energia sexual se esvaia nos momentos de êxtase do beijo da morte.
O êxtase é sentido, as presas estão prontas, e é este o momento chave para converter-se em lacaio ou para tornar-se o senhor dominando a besta sedutora. Sentir os prazeres da noite sem deixar que o sanguinis vitae escorra para os lábios do inimigo é o grande desafio de todo aquele que busca o poder sobre a vida e o mundo.
E este é justamente o segredo retratado no beijo do vampiro. Este é o ponto central do símbolo mágico e esotérico ensinado por este personagem e pelo seu mito. E se este simbolismo for compreendido toda a história do vampiro toma uma nova dimensão ensinando de maneira metafórica vários segredos relacionados ao esoterismo e ao poder mágico guardado em todo o homem para o domínio da natureza.
A compreensão do poder contido no sexo e das aplicações mágicas possíveis a partir desta fonte revestem-se sob o manto deste símbolo obscuro guardando metaforicamente a antiga chave secreta para a Magia Sexual. Por traz de todo mito há um grande ensinamento simbólico ali guardado. Muitos mitos também guardam, além de sua porção simbólica, aspectos mais reais.
Vampiros não existem, não é mesmo? Então como explicar a presença do mito do vampiro em várias culturas ao longo de toda a história mantendo sempre as mesmas características fundamentais? hehehe...
Vários ocultistas apontam que o mito do vampiro guarda, dentre poucas distorções, a descrição de um processo mágico e ritualístico que confere ao mago uma conexão mais real com as forças obscuras e os poderes da noite. Sob esta perspectiva todos os símbolos envolvendo os poderes mantidos pelos vampiros e o próprio beijo vampírico apresentam narrações reais ou bem próximas da realidade. Por exemplo: alguns mitos dizem que vampiros são capazes de se transformarem em morcegos e voarem até suas vítimas durante a noite. Temos nisto uma clara analogia simbólica às projeções astrais, onde o vampiro poderá voar pela noite.
Fonte: Google, Livro: Vampiros Rituais de Sangue - Marcos Torrigo, textos antigos meus.
Publicado por Thenebris
muito interessante a forma como voce encara este ritual como uma simbologia ao sexo
ResponderExcluirPossui bastante credibilidade no que relataste. Basta saber, é válido que todos os humanos saibam sobre isso?
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