Mas analisando alguns fragmentos de “O livro dos nomes mortos” onde comenta a cerca dos Antigos e sua descendência, temos:
“Os Antigos avidamente oprimiram os caminhos das trevas e suas blasfêmias inundaram a terra, a criação inteira (Esferas superiores e inferiores) inclinou-se diante de sua potência e reconheceu sua perversidade. [...] Em sua cólera, os outros deuses (pertencentes à criação) voltaram-se contra os Antigos e [...] os expulsaram para o vazio dos espaços [Zona Malva] onde reina o caos e que não abrigam qualquer forma.”
Para muitos, a partir do momento em que a luz se separou das trevas, a luz deu origem a dualidade; dentro da árvore da vida as esferas superiores e inferiores, porém com o passar do tempo o conceito ‘trevas’ foi atribuído aos elementos pertencentes às esferas inferiores, uma vez que as Ressurgências deste Caos Primordial personificadas através dos Antigos tenham sido Banidas e Esquecidas.
Porém uma coisa que muitos desconsideram é que essa Criação partiu do processo de separação desta Luz e Trevas, partindo do Caos, junção dos dois, para a Ordem, fonte da dualidade. – Os Elementos que foram criados a partir da Luz só conheceram a Luz, não poderiam voltar à essência primordial que também estava contida nas Trevas, porém as trevas contidas no Caos Primordial conheceram a Luz e tinham acesso a todas as suas derivadas, toda a Criação. E foi a partir daí que essas ressurgências do não-existente passaram a perturbar os frutos desta Criação e consequentemente os deuses pertencentes a essa criação, que não conheceram o Caos em essência, lutaram para banir essas forças para dimensões desconhecidas. Porém essa perturbação causada por essas ressurgências era fruto do fato de que a criatura, o homem, não conheceu sua essência, só conheceu parte dela, só conheceu o que estava na luz e o conhecimento advindo das Trevas pertencentes ao Caos Inicial causava dissonância cognitiva, ou seja, os deixavam atordoados, pois não a conheciam.
Após tanto se falar a cerca das forças pertencentes às Esferas Superiores e Esferas inferiores situadas na árvore da vida, de todo um paradigma baseado em dualidade, alto e o baixo, finalmente estaríamos nos deparando com uma terceira força? Uma força pertencente à Essência, ao Caos Inicial, uma força que de certo modo é temida por todos os elementos pertencentes a essa dualidade... Uma terceira força, mas a original; a faísca do Caos Inicial que carregamos dentro de nós?
Antes, em nossas mentes, só havia o Superior e o Inferior e as forças neles representadas, a dualidade pertencente a somente Um dos elementos do Caos Inicial, a luz... Mas agora, temos a ressurgência do não-existente... Um terceiro elemento pertencente à Essência e que de certo modo nos causa receio. Isso é o Caos Primitivo, é a terceira força que toda a dualidade teme, mas a teme porque não foi feito dela, mas de uma parte dela, porém em essência somos parte dessa força, ainda que em fragmentos... Logo , cabe a nós decidirmos, continuar-mos na luz e ver-mos somente o que há nela ou voltar a Essência onde cada elemento, enquanto face deste Caos Primordial consegue ver através das ilusões... Através das trevas e da luz.
por Frater AhaZeD
Publicado por Thenebris
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